É comum o questionamento entre os recém-graduados em Direito se é possível ou não passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de primeira.
Apesar dos altos índices de reprovação – tão altos que muitos candidatos já fazem a prova temendo o pior, – o exame não é um ‘bicho de sete cabeças’, devendo ser encarado com tranquilidade e após muito estudo.
E ainda há tempo para se preparar: de acordo com o calendário OAB 2023, a primeira fase da prova deve acontecer em 26 de fevereiro, enquanto a segunda no dia 30 de abril.
Para te ajudar a conseguir a aprovação na Ordem, separamos mais abaixo algumas dicas e estratégias, pensando sempre em bom rendimento que seja suficiente para a conquista da carteirinha.
Sobre o Exame de Ordem da OAB
A prova é exclusiva para os estudantes do curso de Direito que estão nos dois últimos períodos e para aqueles que já concluíram o curso e desejam atuar na área da advocacia.
Assim, a aprovação no exame é obrigatória para a atuação de advogado. Em sua primeira fase, de foco teórico, há 80 questões. Na segunda fase, a abordagem é mais prática.
Trata-se de um exame bastante desafiador, que exige estudo e conhecimento prévio dos candidatos. Em 2022, esses foram os assuntos abordados na prova:
Primeira Fase:
- Código de Ética;
- Direitos Humanos;
- Estatuto da Advocacia e da OAB;
- Direito Ambiental;
- Filosofia do Direito;
- Código do Consumidor;
- Regulamento Geral;
- Direito Internacional;
- Estatuto da Criança e Adolescente.
Segunda Fase:
- Direito Empresarial;
- Direito do Trabalho;
- Direito Administrativo;
- Direito Penal;
- Direito Tributário;
- Direito Constitucional.
Dicas para conseguir a aprovação
- Estude além da faculdade
O conhecimento adquirido ao longo do curso de Direito não é suficiente para a aprovação na OAB. Lembre-se que centenas de faculdades de Direito sequer possuem o selo de qualidade da Ordem. Por isso, elas não são capazes de preparar seus estudantes de forma eficaz para o exame.
Recomenda-se complementar seus estudos em casa e enriquecer suas referências bibliográficas, de modo que elas possam ir além do mínimo exigido.
- Pontos fracos e pontos fortes
É natural que tenhamos mais facilidade em uma disciplina do que em outra. Logo, as que achamos mais fáceis e interessantes acabam virando nossas preferidas. Ao invés de problematizar esse contexto, podemos usá-lo a nosso favor.
Ciente dos seus pontos fortes e fracos, você pode reforçar os temas mais difíceis e revisar os mais fáceis. Dica: não comece a estudar pelas suas matérias favoritas. Ao invés disso, aproveite o momento em que seu cérebro está descansado para estudar os temas que você menos gosta.
- Simulados e exercícios práticos
Coloque o conhecimento adquirido em apostilas, livros e nas aulas em prática fazendo simulados.
Os exercícios, sejam eles abertos ou de múltipla escolha, servem como um medidor do aprendizado e do nível de conhecimento adquirido.
Ademais, é o melhor método de fixação de conteúdo e permite que o candidato se acostume com o estilo das questões, inclusive àquelas que são mais cobradas.
- Cursinho preparatório
Você pode ser uma pessoa super dedicada aos estudos, mas nestes momentos, estudar nunca é demais: considere fazer um curso preparatório.
Lá, você contará com a ajuda de professores especializados e um ensino focado no Exame da Ordem pode ser o diferencial para sua aprovação.
- Conheça a estrutura da prova
Antes de começar a fazer o exame, dê a devida atenção ao edital – muitos o ignoram completamente, apesar dele ser o regulador da prova – sua leitura é imprescindível.
Para aumentar suas chances de ser aprovado no exame da OAB 2023 de primeira, leia também o edital dos anos anteriores e analise as provas para se acostumar não só com a estrutura, mas também com os padrões da FGV.
E, finalmente, não permita que a pressão ou cobrança excessiva de familiares, amigos e professores atrapalhe sua rotina de estudos. Lembre-se: com muita disciplina e dedicação, sua aprovação na OAB de primeira estará garantida! Isso depende apenas de você — e de ninguém mais!
Caso você não passe na primeira tentativa, não desanime: a maior parte dos advogados licenciados do Brasil em atuação hoje só conseguiram a carteirinha na segunda, terceira e quarta tentativas.
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